O Brasil foi eliminado da Copa do Mundo nas quartas-de-final pela Seleção da Croácia e deixou milhões de brasileiros tristes após o fim do sonho da sexta estrela.
Com a eliminação, muito se falou sobre quais motivos a seleção canarinho acabou perdendo a chance de ganhar o hexa.
Afinal, o que levou a seleção liderada por Neymar a ser eliminada tão precocemente e deixar de fazer uma épica semifinal contra a Argentina?
Aqui no texto, vamos falar sobre os motivos para mais uma eliminação do Brasil nas quartas para um time europeu!
1- Problemas na convocação
Os problemas de Tite começaram desde o dia em que o treinador fez a convocação oficial para a Copa do Mundo.
Esta foi a primeira vez que a FIFA permitiu às seleções convocarem 26 jogadores, uma consequência ainda da pandemia da COVID-19.
Com mais 3 opções disponíveis de atletas para levar, Tite resolveu escolher convocar 9 atacantes, um número muito alto.
Dessa forma, outras posições acabaram sendo negligenciadas, o que foi o caso do meio de campo.
Os meias do Brasil não conseguiram desenvolver um bom futebol e com Neymar fora durante duas partidas, a seleção sofreu com a falta de criatividade.
No jogo contra a Croácia, faltaram opções para que a seleção pudesse furar a barreira montada pelos croatas e não havia ninguém que pudesse auxiliar Neymar na criação das jogadas (ou que fizesse sombra a ele).
Tite preferiu levar também mais meio campistas com características defensivas, o que minou a criatividade do Brasil.
Além disso, a defesa também ficou desguarnecida, ainda mais quando Eder Militão precisou ser improvisado na lateral direita, deixando apenas um zagueiro reserva disponível, que era Bremer.
Por fim, a questão das laterais é um ponto fraco para a seleção desde a saída de Cafu e Roberto Carlos.
Daniel Alves e Marcelo, que vieram posteriormente, foram estrelas em seus clubes, mas não repetiram os mesmos feitos na canarinho.
Para a Copa do Catar, Tite optou por levar Alves, envelhecido com 39 anos, e não contou com as possíveis lesões dos outros três laterais: Alex Sandro, Danilo e Alex Telles.
Resultado, o Brasil jogou com Militão improvisado na direita e Danilo na esquerda, no jogo contra a Croácia, e o treinador ainda tirou o lateral direito, que estava bem na partida para colocar Danilo. O final, todos sabemos…
2- Tite insistiu no que não funcionou antes
Ainda sobre a convocação da seleção, Tite ficou conhecido por ser “paneleiro”, ou seja, levar jogadores de quem é amigo, de quem gosta, não importa como estejam fisicamente ou se funcionam vestindo a camisa canarinho.
Levar Daniel Alves e Fred são dois exemplos disso, além da insistência por Gabriel Jesus, que está jogando muito no Arsenal, mas não corresponde na Seleção Brasileira.
A mesma coisa vale para a manutenção de Raphinha como titular, mesmo com o atacante jogando mal desde a primeira partida.
Para se ter uma ideia, Scaloni sacou Lautaro Martinez, um dos nomes principais da atual seleção, mas que estava mal na Copa, para colocar o garoto Julian Alvarez e a mudança funcionou.
Se Tite fosse menos teimoso e realizasse mudanças necessárias para jogadores que não estavam rendendo, o desfecho poderia ser diferente.
Antony entrou no lugar de Raphinha e fez muito mais no tempo em que esteve em campo, então por que o treinador não realizou essa mudança antes do jogo, sabendo que o camisa 11 não vinha bem?
3- Usou o futebol da América do Sul como parâmetro
O Brasil “reina” na América do Sul já há alguns anos e apesar de ir mal em algumas Copa América, fica claro que não há adversário para a seleção no continente, a não ser a Argentina, que foi a campeã mundial.
Sendo assim, todo ciclo de Copa do Mundo é a mesma coisa, a seleção domina as eliminatórias, classifica-se com antecedência e os torcedores chegam confiantes.
Além de tudo, ainda costuma enfrentar adversários fracos de outros continentes, países sem nenhuma tradição no futebol, no que parece ser uma forma de “esconder” os problemas até a copa.
Tudo bem que nenhuma seleção, de qualquer continente, consegue enfrentar várias vezes os europeus em amistosos após a criação da Nations League.
Entretanto, a CBF podia buscar por adversários que oferecessem um maior desafio para a seleção.
Dessa forma, o Brasil costuma chegar com muita moral nas copas, como se o futebol sul-americano com suas eliminatórias e os amistosos contra times sem força fossem um parâmetro.
4- A seleção não tinha variação tática
Ao longo dos últimos seis anos, desde que Tite assumiu a seleção, ouvimos falar muito no “Titês”, expressões criadas pelo treinador, como o famoso “Rec 5”.
Aparentemente, tudo isso não passa de subterfúgios criados pela comissão para esconder a realidade: a seleção não tinha qualquer variação tática.
O time de Tite jogou apenas de uma forma e quando ele mexia no time, era para trocar “6 por meia dúzia, ” ou seja, nada mudava.
Com isso, quando os momentos de necessidade apareceram, o Brasil não soube jogar de um modo diferente e a seleção da Croácia anulou facilmente o nosso jogo.
Tudo porque era fácil entender a forma como o time jogava todas as partidas e não foi preciso muito para anular o jogo.
Imagine se o Brasil tivesse enfrentado Argentina e França dessa forma? Talvez a vergonhosa eliminação para a Croácia tenha sido “melhor” do que alcançar a semifinal e a final.
Conclusão
Como foi visto, milhões de brasileiros acreditavam no hexa antes e durante a copa, mas o sonho foi por água abaixo já nas quartas, quando fomos eliminados pela Croácia nos pênaltis, sem nada conseguir fazer com a bola rolando.
Aqui você pode entender quais foram os motivos principais que levaram o Brasil à eliminação precoce na Copa, ocasionando mais um vexame da seleção canarinho no torneio frente a um europeu.
O que achou do texto de hoje sobre 4 motivos que fazem o Brasil não ganhar o hexa?