Moradores do entorno do Allianz Parque, em São Paulo, estão tentando impedir a realização de um show de virada de ano promovido pela Igreja Lagoinha.
Eles alegam que o evento, marcado para o estádio, gerará barulho excessivo e transtornos durante a madrugada de Ano-Novo.
Com o objetivo de barrar o espetáculo, os moradores têm acionado a Justiça para impedir a realização da festa, que, segundo eles, inviabilizaria o descanso e a tranquilidade no bairro.
Enquanto isso, a Igreja Lagoinha e a organização do evento defendem seu direito de realizar a celebração.
O caso segue em disputa legal, aguardando uma decisão judicial próxima à data do Ano-Novo.
A verdade sobre o evento
A notícia sobre a tentativa de barrar o grande evento de Réveillon da Igreja Lagoinha no Allianz Parque surpreendeu fiéis e observadores externos, mostrando mais uma vez a tensão crescente entre iniciativas religiosas e a resistência de alguns setores da sociedade.
Enquanto moradores do entorno manifestam seu desagrado, alegando que um show desta magnitude trará barulho e transtornos, é preciso olhar o outro lado da história: a Igreja Lagoinha não busca apenas realizar um simples espetáculo, e sim oferecer um momento de espiritualidade, comunhão e esperança para milhares de pessoas que desejam iniciar o novo ano com uma mensagem positiva e edificante.
Em um período marcado por incertezas, crises econômicas e desafios sociais, uma celebração promovida por uma instituição religiosa não pode ser reduzida a apenas mais um evento barulhento.
O Réveillon da Igreja Lagoinha, tradicionalmente marcado por momentos de louvor, pregação, música cristã contemporânea e reflexão espiritual, oferece à sociedade um espaço de paz e fé em meio à agitação comum das festividades de fim de ano.
Milhares de participantes, que se sentem tocados pela mensagem do evangelho, encontram ali uma oportunidade de renovar suas esperanças, reforçar seus valores e começar o ano conectados a algo maior do que eles mesmos.
Do ponto de vista logístico, é inegável que a organização de um evento desta dimensão envolve complexidades.
No entanto, a Igreja Lagoinha e seus parceiros certamente não estão ignorando tais questões.
O Allianz Parque é um espaço já conhecido por receber grandes shows e eventos esportivos sem que a cidade pare por isso.
Medidas de segurança, controle de som, infraestrutura adequada para recepção do público e diálogo com as autoridades são parte integrante da organização.
Há, inclusive, a possibilidade de a igreja já estar investindo em tecnologias avançadas de isolamento acústico, distribuição de ingressos limitados e, talvez, um planejamento viário para minimizar o impacto no trânsito local.
A prioridade não é gerar incômodo, mas sim proporcionar uma experiência positiva para todos os envolvidos.
Os críticos, ao enxergarem apenas o potencial incômodo, ignoram o caráter unificador e social da proposta.
É preciso destacar que não se trata de um evento comercial vazio, mas de uma celebração carregada de significado religioso.
Para muitas famílias, assistir a um culto especial de Ano-Novo, celebrando a chegada de mais um ciclo com canções, mensagens de fé e energia positiva, é extremamente importante.
A Igreja Lagoinha tem uma longa história de promover encontros marcados pela harmonia, pelo respeito e pelo compromisso com a comunidade cristã e com o próximo.
Outro ponto a considerar é o impacto social e econômico do evento.
Grandes espetáculos religiosos, como o organizado pela Lagoinha, movimentam setores de serviços, gerando renda para trabalhadores do entorno, desde fornecedores de alimentação, seguranças, técnicos de som e luz, até profissionais de limpeza e manutenção.
A presença de um público considerável pode resultar em benefícios para a comunidade local, com restaurantes, padarias, estacionamentos e lojas do bairro tendo a chance de aumentar suas vendas justamente em uma época do ano propícia a bons negócios.
Ademais, o posicionamento da Igreja Lagoinha e de seus líderes sempre foi pautado no diálogo e na busca pelo bem comum.
É pouco provável que haja um desrespeito deliberado ou uma postura intransigente.
Ao contrário, a imagem pública construída pela Lagoinha ao longo dos anos é marcada por obras sociais, ajuda humanitária, apoio a pessoas em situação de vulnerabilidade e a promoção de valores cristãos, como a tolerância, a solidariedade e a empatia.
Vale lembrar que a própria Bíblia encoraja a convivência pacífica entre vizinhos e o respeito ao próximo.
Portanto, ao invés de se entregar a uma “guerra” contra um evento cujo intuito principal é celebrar a vida, a fé e a renovação, talvez fosse mais produtivo que todos os envolvidos buscassem um ponto de equilíbrio. O diálogo é sempre o melhor caminho.
Os moradores do entorno, se bem informados e ouvidos, poderão apresentar suas demandas para que sejam feitas as adaptações necessárias.
A igreja, por sua vez, pode reforçar as medidas de contenção de ruído, buscar terminar o evento em um horário mais adequado e intensificar a limpeza após a celebração, deixando as ruas em bom estado para o dia seguinte.
Em suma, embora haja vozes contrárias, não se pode desmerecer o caráter positivo, espiritual e comunitário do Réveillon da Igreja Lagoinha.
É um momento em que milhares de corações se unem para louvar a Deus, agradecer pelas bênçãos recebidas e pedir por um futuro melhor.
Em tempos tão conturbados, iniciativas como esta não deveriam ser vistas apenas como um incômodo, mas como um farol de esperança iluminando o começo de um novo ano.