Por que Lionel Messi deixou o Barcelona?

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Uma das maiores movimentações do mercado  nos últimos tempos, sem nenhuma dúvida, foi a saída de Lionel Messi do Barcelona para o Paris Saint-Germain.

Além de ter encerrado uma era do argentino no clube catalão, a sua saída gerou um enorme baque pelo fato de que, na teoria, havia um acordo selado entre as duas partes.

Assim, mesmo que Messi houvesse se acertado com o Barça, ele acabou deixando a Espanha rumo à França, para ser companheiro de Neymar e Mbappé, e tentar levar o PSG ao sonhado título da Champions League.

Mas afinal, por que Lionel Messi deixou o Barcelona depois de ter, teoricamente, chegado a um acerto geral para continuar atuando no Camp Nou, ainda com um corte no seu salário?

Aqui nós iremos detalhar quais foram os motivos pelos quais o argentino acabou mudando de liga e de ares.

Acompanhe!

Motivos que levaram Messi a deixar o Barça

PSG e City empolgados.Messi deixou o Barcelona - Prisma - R7 Cosme Rímoli

No meio da discussão sobre o porquê do argentino ter deixado o time catalão, há dois que precisam ser considerados.

O primeiro deles é que o contrato do jogador com o clube havia vencido, portanto, ele estava sem clube no momento e, dessa forma, o Barcelona precisaria contratá-lo novamente e não apenas renovar seu contrato.

Devido a isso, o contrato do jogador deveria enquadrar o seu salário dentro de uma média financeira que é estipulada diretamente pela própria liga espanhola, que gere a La Liga.

Essa média financeira tem como objetivo manter um mecanismo de Fair Play Financeiro, o que não iria acontecer no caso de um novo contrato entre Messi e Barcelona, ferindo diretamente esse ponto da liga de futebol da Espanha.

Por que um novo contrato de Messi feriria o Fair Play Financeiro para o Barça?

Messi marca seu primeiro gol pelo PSG contra Manchester City | CNN Brasil

A saída de Messi do clube que o revelou para o futebol e no qual ele fez história no mundo da bola deixou muitos torcedores catalães bravos, mas há um motivo de força maior por trás do fim da história entre as duas partes.

Esse movimento da última janela do mercado europeu, que encerrou 15 anos de história do argentino no Barcelona, tem a ver com dinheiro.

As duas partes conseguiram chegar em um acordo salarial no mês de julho de 2021, o que, em teoria, ajudaria a manter o craque argentino vestindo a camisa 10 do time.

Entretanto, ainda com essa questão da redução salarial não foi possível, para o Barcelona, conseguir manter seu compromisso com o jogador devido ao Fair Play Financeiro.

A regra do teto de gastos é implementada diretamente pela liga espanhola, a La Liga, que é a responsável por fazer a gestão da 1ª divisão do futebol espanhol.

Segundo essa regra, nenhum dos clubes que participam da La Liga têm permissão para gastar mais do que aquilo que foi arrecadado na temporada passada.

Isso significa que para a temporada 2021-2022, o Barça não poderia gastar acima daquilo que o clube arrecadou na temporada 2020-2021, que foi extremamente afetada pela pandemia.

O time da Espanha não conseguiu realizar muitas vezes, muito menos obter um fundo de caixa enorme com outras atividades, então o limite de gastos disponíveis do Barcelona acabou indo para a metade.

Os gastos que o clube poderia ter nessa temporada foram de acima dos 600 milhões de euros, em torno de R$ 3,5 bilhões, para cerca de 347 milhões de euros, pouco mais que 2,1 bilhões de reais.

Com isso, tornava-se complicado para o time manter o argentino no elenco sem ferir a regra primordial do aspecto financeiro da Espanha.

O Fair Play Financeiro na Espanha

A regra do Fair Play Financeiro da La Liga tem, como primeiro objetivo, evitar que exista um desequilíbrio financeiro muito grande entre os times do campeonato da Espanha.

Assim, teoricamente, uma força não ficaria muito superior à outra, apesar de que, claramente, Barcelona e Real Madrid estão muito acima dos seus rivais, basta ver quem foi o campeão nos últimos anos.

O segundo objetivo, e com certeza o principal deles, seria evitar que ocorra uma prática que é bastante comum dentro do futebol europeu.

Essa prática trata-se de clubes serem adquiridos por donos bilionários e, assim, ser aplicada uma grande quantia de dinheiro para investir em atletas estelares.

Pela existência dessa regra, clubes como PSG e City, se atuassem na La Liga, não poderiam comprar jogadores top de linha para rechear seus times e gastando bilhões de euros.

Sendo assim, o cálculo feito para estipular o limite de gastos de cada time na La Liga é feita tendo como base a arrecadação que o time teve na temporada anterior.

Com isso, não é possível que um bilionário compre um clube e faça uma grande injeção financeira, o que tem acontecido bastante nas outras ligas, como a Italiana e a Inglesa, principalmente.

Ainda que Messi tenha aceitado uma grande redução em seu salário anual, quase metade dele, isso não chegou a ser suficiente para que o Barça conseguisse acomodar a transação nas regras da La Liga.

Houve uma tentativa do argentino e do clube de acertarem um contrato de apenas dois anos e com pagamento diluído ao longo dos próximos 5 anos.

Apesar disso, a La Liga não aceitou o acordo e o camisa 10 teve que deixar o clube rumo à Paris.

Aliás, o PSG, com a contratação de Messi, pode ter ferido o teto financeiro da UEFA, o que ainda rende discussões na Europa.

Conclusão

Como você viu, muitas pessoas foram pegas de surpresa, porque não dizer a maioria delas, com a saída no meio do ano passado de Messi do Barça para o PSG, e teve quem não entendesse o que aconteceu.

Neste texto, você pôde entender quais os motivos pelos quais o argentino teve que deixar o clube catalão, devido às regras de Fair Play Financeiro impostas pela La Liga para todos os times que jogam a 1ª divisão espanhola.

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